Gastrectomia Vertical

A Gastrectomia Vertical, ou "Sleeve”, por via Laparoscópica foi primeiramente concebida como parte de um procedimento realizado em duas etapas chamado Duodenal Switch. Posteriormente, com a utilização de bougies menores, foi adotado como um procedimento primário.
Ao longo do tempo, a Gastrectomia Vertical se tornou o procedimento bariátrico mais popular no mundo. Muitos estudos tem demonstrado que o Sleeve é efetivo na perda de peso e resulta na melhora, ou até mesmo, na resolução de comorbidades como diabetes tipo 2.
O procedimento se inicia soltando a grande curvatura do estômago até a liberação do Angulo de His. O grampeamento começa a cerca
de 1 a 6 cm do piloro e é utilizado uma sonda de 32 a 40 Fr junto à pequena curvatura para calibragem do tamanho do pouch (novo estômago). O estômago excluso é removido da cavidade abdominal nesta cirurgia.
Como no Bypass Gástrico, a maior parte da perda de peso ocorre nos 2 primeiros anos (>70% do excesso de peso). Reganho de peso e dilatação do pouch pode ocorrer. Mesmo assim, observa-se manutenção da perda de peso em 50-60% dos pacientes submetidos a esta técnica, mesmo após 5 anos de cirurgia.
Para pacientes com super obesidade, a abordagem em duas etapas (primeiro é feito Sleeve, e em um segundo momento converte-se para Bypass Gástrico ou Duodenal Switch) diminui a morbidade e mortalidade.
A complicação mais temida no pós operatório são as Fistulas. O tratamento delas pode ser realizado por endoscopia ou cirurgicamente quando necessário. Refluxo Gastroesofágico melhora em 80% dos casos, mas pode aparecer ou piorar após o Sleeve. Neste caso pode ser necessário terapia medicamentosa prolongada ou conversão de técnica cirúrgica para Bypass Gástrico.
